A conjuntura da nossa Universidade hoje, demonstra que o projeto de Contra-reforma Universitária executada nos dois governos Lula, provocou um verdadeiro desmonte da qualidade do Ensino Superior. Para atender as determinações de organismos internacionais (FMI, Banco Mundial) que financiam a Política Nacional do Governo, o projeto educacional de Lula comprova o conteúdo elitista, excludente e privatista de sua política. Esta, se materializa sempre através de Decretos, como é o caso do Programa Universidade para Todos (ProUni), que retira recursos públicos da educação para investir nas Universidades particulares, do Ensino a Distância, que desde 2005, passa por um amplo processo de expansão desmesurada e sem acompanhamento da sua implementação, do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior) e do ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), que se propõem a avaliar a qualidade do Ensino apenas no viés mercadológico de ranquear as Instituições e, cortando verbas dos cursos ofertados pelas Universidades públicas; e do famigerado REUNI (Planos e Programas de Reestruturação das Universidades Federais) que pretendem expandir o ensino, sem garantir a sua qualidade, a assistência estudantil, além de precarizar e condicionar à uma superexploração do trabalho docente.
E os estudantes, onde estão nesse processo? Historicamente, a Entidade nacional que representava e defendia os interesses dos estudantes, a UNE (União Nacional dos Estudantes), após a eleição do dito “governo dos trabalhadores”, deixou de encampar as lutas e as reivindicações dos estudantes, em detrimento do seu aparelhamento ao Governo Federal. Diante desse contexto, o Movimento Estudantil de luta não se manteve inerte. A partir de 2007 iniciou-se um intenso processo de mobilização dos estudantes em todo o país, coadunando em vários movimentos de ocupação, paralisações e greves contra a privatização, precarização e sucateamento da Universidade Pública. Assim, as lutas do Movimento Estudantil passam a se dar por fora da UNE e sem o apoio da mesma. Enquanto em todas as partes do país os estudantes resistiam a aprovação e a implementação do REUNI, a União Nacional dos Estudantes fez uma marcha em Brasília a favor do programa que desregulameta o tripé ensino-pesquisa-extensão e massifica a formação superior.
Ao invés de promover espaços de politização, discussão e formação política dos universitários acerca da conjuntura neoliberalizante da Educação, a UNE desvia a atenção dos estudantes promovendo festas, shows e viagens turísticas financiadas com dinheiro público. Além disso, nos pouquíssimos espaços de discussão que promove, legitima a participação de pessoas do governo nos espaços que deveriam ser ocupados pelos movimentos sociais e pelos estudantes – Observe aí a programação da Caravana da UNE presente na nossa Universidade que põe o próprio ReiTor, Josué Modesto, e os secretários do Governo do estado, para proferirem palestras sobre a Execução das políticas públicas como se essas fossem modelo.
Enquanto isso na UFS... A UNE segue representada pela atual gestão do DCE (Órgão máximo de representação dos Estudantes). Não à toa, é perceptível a qualquer estudante as mesmas práticas da UNE serem reproduzidas na UFS – shows, festas, projeto trilhas, sem nunca ter realizado um CEB, conselho que reúne todos os Centros Acadêmicos para debater a política do DCE, demonstrando assim o seu caráter anti-democrático .
Vítimas do processo de expansão irresponsável do governo, os estudantes de Laranjeiras, junto aos estudantes de São Cristóvão, realizaram um Ato Público no último dia 30 de outubro deste ano. Os estudantes denunciavam o descaso da Universidade com a Assistência Estudantil em Laranjeiras. Lá os residentes recebem apenas R$ 450,00 para manter a residência Universitária com 9 moradores, quando o programa anunciado no site da UFS é de R$ 702,00; recebem R$ 0,88 por refeição, e parte dos estudantes tiveram a bolsa-trabalho cortada, depois de prestarem serviço à Universidade durante 3 meses. Além das várias denúncias de humilhações, ameaças, situações de assédio moral por parte da Assistente Social Neilza Barreto, Coordenadora de Assistência ao Estudante. Como não houve negociações nas pautas de reivindicação, os estudantes decidiram pela Ocupação da Reitoria e constituíram o Movimento Somos Todos Laranjeiras.
Durante todo esse processo o DCE se manteve omisso. Divulgando na imprensa que as negociações já foram feitas por eles e deslegitimando o processo de Ocupação. Na verdade, são os estudantes que não legitimam a atual gestão do DCE. Enquanto o movimento de Ocupação continua avançando com o apoio dos Centros Acadêmicos, da ADUFS e dos Movimentos Sociais, o DCE se coloca ao lado da Reitoria assumindo de fato a sua postura de não representar os interesses dos estudantes. A UNE, presente hoje na nossa Universidade para comemorar o REUNI, sem fazer nenhum debate com estudantes, distribuindo cartões de vacina, mantém o mesmo posicionamento do DCE, criminalizando a luta dos estudantes por uma Assistência Estudantil de qualidade.
Diante disso, nós, estudantes de Serviço Social, através do Centro Acadêmico Maria Anísia Góis de Araújo (CASSMAGA), vimos convocar @s estudantes da UFS para somar forças no sentido de denunciar e repudiar o papel apático, omisso e subserviente da UNE e do DCE nos processos de luta em defesa do Ensino de qualidade, e fazer um chamado a construção de Congresso Nacional de Estudantes que possibilite a aglutinação de tod@s @s lutadores, e dizermos NÃO AO REUNI, CONTRA TODA A POLÍTICA NEOLIBERAL DO GOVERNO LULA, e por UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA GRATUITA, LAICA, TRANSFORMADORA E DE QUALIDADE!!!
Vítimas do processo de expansão irresponsável do governo, os estudantes de Laranjeiras, junto aos estudantes de São Cristóvão, realizaram um Ato Público no último dia 30 de outubro deste ano. Os estudantes denunciavam o descaso da Universidade com a Assistência Estudantil em Laranjeiras. Lá os residentes recebem apenas R$ 450,00 para manter a residência Universitária com 9 moradores, quando o programa anunciado no site da UFS é de R$ 702,00; recebem R$ 0,88 por refeição, e parte dos estudantes tiveram a bolsa-trabalho cortada, depois de prestarem serviço à Universidade durante 3 meses. Além das várias denúncias de humilhações, ameaças, situações de assédio moral por parte da Assistente Social Neilza Barreto, Coordenadora de Assistência ao Estudante. Como não houve negociações nas pautas de reivindicação, os estudantes decidiram pela Ocupação da Reitoria e constituíram o Movimento Somos Todos Laranjeiras.
Durante todo esse processo o DCE se manteve omisso. Divulgando na imprensa que as negociações já foram feitas por eles e deslegitimando o processo de Ocupação. Na verdade, são os estudantes que não legitimam a atual gestão do DCE. Enquanto o movimento de Ocupação continua avançando com o apoio dos Centros Acadêmicos, da ADUFS e dos Movimentos Sociais, o DCE se coloca ao lado da Reitoria assumindo de fato a sua postura de não representar os interesses dos estudantes. A UNE, presente hoje na nossa Universidade para comemorar o REUNI, sem fazer nenhum debate com estudantes, distribuindo cartões de vacina, mantém o mesmo posicionamento do DCE, criminalizando a luta dos estudantes por uma Assistência Estudantil de qualidade.
Diante disso, nós, estudantes de Serviço Social, através do Centro Acadêmico Maria Anísia Góis de Araújo (CASSMAGA), vimos convocar @s estudantes da UFS para somar forças no sentido de denunciar e repudiar o papel apático, omisso e subserviente da UNE e do DCE nos processos de luta em defesa do Ensino de qualidade, e fazer um chamado a construção de Congresso Nacional de Estudantes que possibilite a aglutinação de tod@s @s lutadores, e dizermos NÃO AO REUNI, CONTRA TODA A POLÍTICA NEOLIBERAL DO GOVERNO LULA, e por UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA GRATUITA, LAICA, TRANSFORMADORA E DE QUALIDADE!!!
São Cristóvão, 05 de novembro de 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário